Brasil concede el plácet al nuevo embajador de España, Fernando García Casas. EFE. Boa sorte, embaixador.

El Gobierno de Brasil concedió hoy el plácet de estilo al nuevo embajador de España en el país, Fernando García Casas, diplomático de 61 años y con una amplia experiencia en América Latina y en el servicio exterior, informó hoy la cancillería.

García Casas, quien desde diciembre de 2016 se desempeñaba como secretario de Estado de Cooperación Internacional y para Iberoamérica, reemplazará en Brasilia a Fernando María Villalonga Campos, quien estuvo al frente de la misión española en Brasil poco más de un año.

Licenciado en Derecho y Filosofía y Letras, García Casas ingresó a la carrera diplomática en 1983 y estuvo destinado en las representaciones españolas ante el Consejo de Europa (Estrasburgo), Israel y Naciones Unidas en Ginebra, entre otras.

García Casas también fue director del gabinete de la Secretaría General Iberoamericana (SEGIB) desde su creación en 2005 hasta 2014, bajo la dirección de Enrique Iglesias, organismo encargado de implementar los mandatos de las Cumbres Iberoamericanas.

ENTREVISTA a Arturo Pérez-Reverte no jornal i

Pode falar um pouco dessa primeira vinda a Lisboa?

Tinha 14 anos, ganhei um prémio de redação na escola com um texto sobre livros que abriam portas. O prémio para os miúdos que ganharam, dois rapazes e duas raparigas, era vir a Portugal durante 15 dias. Estive em Coimbra, Setúbal, Nazaré e Lisboa, claro. Estava apaixonado pela rapariga que vinha comigo, que era da minha idade. Tenho uma foto com ela no Castelo de São Jorge.

Ainda tem essa foto?

Tenho, tenho. Digamos que foi a primeira viagem juvenil. Depois fui muito a Sintra, gostava muito, e no meu romance “O Clube Dumas” há uma parte importante que se passa em Sintra. Venho muito cá, gosto muito de Portugal. E sou um iberista, como era Saramago, que era muito meu amigo. Creio que é um erro que Portugal e Espanha vivam separados, devia haver uma federação, algum sistema.

É adepto da jangada de pedra, então.

Sim, creio que sim! Somos diferentes [portugueses e espanhóis] dos restantes europeus, e creio que Filipe iv perdeu uma ocasião enorme, depois daqueles 60 anos em que Portugal foi espanhol. Devia ter tornado Lisboa a capital do império, ligada ao Atlântico e à Europa. Gosto de estar aqui porque me sinto em casa.

E a capital seria Lisboa, não Madrid?

Lisboa! Madrid é um horror, um lugar horroroso. Lisboa, sim, seria uma boa capital, virada ao mar. Creio que foi um erro enorme político de Filipe iv. Mas acontece-me sempre isto quando venho cá, sinto-me em casa: a comida, as pessoas, a maneira de ser…

Quando começou a pensar desta forma, que tinha sido um erro?

Como digo, sempre vim muito a Portugal, em férias e tudo, e lia muito Eça de Queirós. Digo sempre que “O Primo Basílio” e “La Regenta” (de Clarín), se fossem ingleses ou franceses, estariam entre as obras-primas da literatura universal. Mas como eram portuguesas e espanholas, estão aí como secundárias.

Pensa que um dia vão ser tidas como universais?

Não creio. “O Primo Basílio”, li com 16 ou 17 anos e fascinou-me. Para mim, o iberismo não é uma utopia, é algo que lamento que não tenha acontecido. Eu e Saramago falávamos muito disso, os dois.

Em Espanha?

Em Espanha não sabem o que é Portugal. A ignorância que em Espanha existe sobre Portugal é terrível. Espanha vira–se completamente de costas para Portugal.

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