[Recopilación de artículos] La cuestión ibérica catalana ante el plebiscisto unilateral de independencia

 

  1. ¿Habrá aborto constitucional de la República Catalana?
  2. IBERISME como camino a la concordia
  3. Sobre la indisoluble e indivisible nación cultural ibérica
  4. Sobre la Unidad de Iberia y la Unidad de España
  5. Análisis de Coyuntura
  6. Cataluña, ¿qué hacer? por Casimiro Sánchez Calderón
  7. La izquierda apátrida, el ‘uninacionalismo’ y la separación emocional de los pueblos ibéricos
  8. Os días de todos os perigos
  9. Mas será que perdemos todos a cabeça e as referências
  10. Otros artigos em portugués
  11. Otros artículos en en español.

Artigo do iberista Pedro Corrêa sobre Catalunha

«E ali, em Barcelona, tiveram fim as andanças desafortunadas do nosso D. Quixote», lembra Miguel de Unamuno no seu «Vida de D. Quixote e Sancho». Por causa dela, de Barcelona, nestes últimos dias, tenho pensado muito neles, em meu senhor D. Quixote e em meu mestre Unamuno, que viu na «filosofia de Dulcineia, a de não morrer, a de crer, a de criar a verdade» a essência de uma «filosofia espanhola». Uma filosofia que «não se aprende em cátedras nem se expõe por lógica indutiva ou dedutiva, nem surge de silogismos, nem de laboratórios, mas do coração».
Foi esta filosofia espanhola a que abracei. Foi há muito tempo, há mais de vinte anos, quando li pela primeira vez Cervantes, depois Unamuno ou Fialho de Almeida, o meu sentir de coração iberista, de coração espanhol, é já muito antigo. Mais tarde descobri o Iberismo de Antero de Quental, de José Régio ou de Miguel Torga, de Fernando Pessoa ou de José Saramago. E ainda mais tarde soube como aquela que seria a filosofia portuguesa, o sentir de coração português, nos aproximava mais do que nos afastava deste sentir espanhol.
Portugal, o país do universalismo, dos mares nunca dantes navegados, e dos novos mundos no mundo, soube sempre ser universal, mas com excepção em Espanha, da qual a maior parte do tempo se quis apartar, pese embora ao longo dos séculos tenham também existido reis iberistas de ambos os lados da península.
Espanha, no entanto, é ela mesma um território de muitas nações que mais ou menos orgulhosamente adoptaram o nome de Espanha. Esta Hispânia  que sobreviveu, ainda assim, amputada de Portugal. Falta a nossa nação para se cumprir a nação espanhola, mas falta também a Portugal Espanha para que a nação portuguesa se cumpra.
É o meu coração espanhol, de certo modo, que compreende a unidade de Espanha, que defende a nação espanhola, face aos independentismos e aos nacionalismos, ameaças que há muito pairam sobre a minha pátria. Digo isto porque a minha nação é portuguesa, mas a pátria é ibérica, e não consigo imaginar Portugal sem seu quê de espanhol, de coexistência entre nações, com seus domingos de missa, suas touradas e sopas de vinho, parecendo-me que o nacionalismo basco, galego ou catalão, não são mais do que traições ao meu senhor Quixote, com sua filosofia de «criar a verdade» revelada numa nação de fingir, de sonho e quimera.
E com esta traição, outra, ao meu povo ibérico, porque o abandona amputando-o de mais e mais nações e distanciando-nos cada vez mais do país de um dia, em que um povo irmão não abandona outro, ainda menos porque paga muito e recebe pouco. E que nisto seja apoiada por sectores de todos os quadrantes, mais me arrepia, porque nós, os iberistas, os universalistas, gostaríamos de nos ver representados por alguém, e não o estamos nem pelo nacionalismo catalão nem pelo nacionalismo espanhol. E se Portugal e Espanha nos parecem países amputados um sem o outro, estamos nós ainda sem país, sem pátria, enquanto não os virmos juntos num só.
Há uns dias, no Público, o Pacheco Pereira clamava pela solidariedade portuguesa com a Catalunha porque perigava a democracia. Não acredito que assim seja. Há já alguns anos que acompanho a situação na Catalunha e tudo o que tenho visto é uma cruzada independentista, de licenciados fingindo-se de cavaleiros andantes para, mais uma vez nas areias de Barcelona, derrotar um sentir que «não se aprende em cátedras nem se expõe por lógica indutiva ou dedutiva, nem surge de silogismos, nem de laboratórios». Mas é com eles que nos acenam, e ainda que não viessem de si-mesmos eivados de falsidades não poderiam nunca desensinar o que o coração sente e que é a força dessa nação que é verdade criada.
Posso, um dia, falar do meu iberismo em particular, que é republicano e federal na senda de Fialho e de Unamuno, e que pode ainda ser, o que quer que aconteça com Espanha ou com a Catalunha, porque é de sonho e utopia. Não posso, no entanto, esquecer que uma das nações de Espanha quer já ser a primeira a abandonar as outras, a «filosofia espanhola», e assim coagir D. Quixote a que se confine às suas terras na Mancha.
Privado do sonho, morre novamente meu senhor D. Quixote. Para me consolar, dos tempos tão tristes que se vivem na península, repito com Unamuno: «Se D. Quixote voltasse ao mundo seria pastor, ou há-de sê-lo quando voltar; pastor de povos. E há-de procurar que o amor lhe dê conceitos, e em fazer viver e triunfar esses conceitos há-de pôr todo o denodo e bravura que antes pôs a acometer moinhos e libertar galeotes. E tanta falta nos está fazendo, porque o que nos traz tão abatidos é a cobardia de pensar».
Pedro Corrêa

Sérgio Campos Matos, professor da Universidade de Lisboa, fala das origens iberistas do nacionalismo catalão

https://www.dn.pt/lusa/interior/catalunha-argumento-da-desobediencia-constitucional-pode-conduzir-a-independencia-a-medio-prazo—-academico-8807202.html

O investigador recorda que a posição adotada por Madrid tem alimentado o nacionalismo catalão, que até há cerca de dez anos se caracterizava por um «nacionalismo sobretudo cultural», embora já se afirmasse desde o final do século XIX um «catalanismo» com marcada dimensão política.

«Mas era uma dimensão política em que dominava ou uma ideia iberista, federal, como acontece em vários políticos catalães da época, ou até um iberismo mais unitarista comandado a partir da Catalunha», num contexto em que a tradição federal «sempre foi forte na Catalunha».

Capitulo V y VI. «Revolució, iberisme i postmodernitat en la cultura catalana dels anys setanta», por Víctor Martínez-Gil

El ressò de la Liga Iberista Portuguesa

Poc abans de la Revolució dels Clavells, el general Spínola havia escrit que, si Portugal perdia les seves relacions amb les colònies, les alternatives serien entre la pobresa i l’absorció: «y el viejo sueño ibérico, o la soberanía de los grandes potentados no europeos, o una espina soviética clavada en las espaldas de Occidente, serían a largo plazo las alternativas de nuestro destino» (de Spínola 1974, p. 226), cosa que cap portuguès no podria acceptar. Tanmateix, un cop certificada aquesta pèrdua de relacions a causa d’una guerra que no va poder ser reconduïda, l’horitzó ibèric va tornar a ser proposat. El 6 de desembre de 1975, l’historiador A. H. de Oliveira Marques, que havia ingressat a la maçoneria el 1973, va publicar al número 157 del setmanari Expresso (p. 8), l’article «União Ibérica?». Ara que el franquisme agonitza, escriu Oliveria Marques, ha arribat el moment que els portuguesos s’interroguin «sobre a viabilidade e a utilidade do sonho de milénios: a União Ibérica». liga.pngEl punt de partida de la nova proposta iberista és l’estat en què ha quedat Portugal després de la desfeta de l’imperi colonial: «uma nação minúscula, pobre, mal povoada, subdesenvolvida económica e culturalmente, endividada e sem recursos no futuro». Perquè: «Não criámos uma infraestrutura industrial ou sequer comercial, que nos permitisse sobreviver, liquidado o Império». La independència de Portugal, «artificiosa», sempre precària i amenaçada per Espanya, és el resultat dels interessos de les grans potències, especialment de la Gran Bretanya. La Unió Ibèrica, propugnada al llarg del segle XIX, no va poder triomfar per un motiu molt clar: la desproporció entre les dues pàtries. Ara la situació espanyola ha canviat, ja que s’ha posat en evidencia què és en realitat Espanya: «O que há são castelhanos, catalães, bascos e, por ventura, galegos também, artificial e forçosamente unidos». A partir d’aquesta nova Espanya, una confederació amb «três línguas oficiais» (se suposa que el portuguès, el castellà i el català), en la qual Portugal ja no seria petit, és, segons Marques, possible. La nació no és pas estàtica, com ho ha demostrat la història de Portugal i les relacions amb els seus territoris (fins i tot, amb els moviments independentistes de les Açores i de Madeira i inclús de l’Algarve). Marques rebutja el socialisme obligatori per a la nova Ibèria, ja que les característiques econòmiques són el producte de l’evolució mundial, independent de la voluntat dels homes. Pel que fa a la continuïtat de la nacionalitat, el portuguès no correria perill a Amèrica ni a l’Àfrica, però a Europa està amenaçat per la ruïna de Portugal, i només es podria salvar amb una Unió Ibèrica, prèvia i més possible, segons Marques, que una Europa unida. Destaca, en aquestes argumentacions, el vell lusocatalanisme, comercial, industrial i cultural: «Um ‘Portugal’ ibérico será o melhor aliado duma ‘Catalunha’ ibérica e o melhor garante da possibilidade de uma confederação imediata». Ens trobem, en el fons, amb idees que s’havien anat repetint al llarg dels segles XIX i XX: l’artificiositat de la independència portuguesa, l’iberisme com a solució a la desfeta colonial, la desmembració d’Espanya, com preveien els federalistes del segle XIX, començant per Henriques Nogueira, i la creació d’una solidaritat lusocatalana com a garantia del procés, que havia estat la idea central del catalanisme des del començament del segle XX, idea que a Portugal es van fer seva autors com Teixeira de Pascoaes o Fernando Pessoa (cf. Martínez-Gil 2013a). El 7 de gener de 1976, l’escriptor i intel·lectual António Quadros va publicar una rèplica al mateix setmanari, al número 166 (p. 10), amb el títol «Independência nacional e união ibérica». A part de precisar que les llengües oficiales haurien de ser cinc (castellà, català, basc, gallec i portuguès), Quadros dubta que Espanya estigués realment disposada a oferir autonomia política a les seves regions, les quals, d’altra banda, considera ja molt espanyolitzades. És des del respecte a un debat que troba pertinent que Quadros defensa que hi ha encara a Portugal una «razão histórica justificativa de uma estrutura pátria independente». Quadros postula com a enemic de Portugal el fals internacionalisme instal·lat a tots els nivells i confia en una acció de les autoritats i del poble per a una urgent «re-portugalização». La pèrdua colonial s’ha de compensar amb la construcció d’una «Comunidade dos povos de expressão lusa» que ha estat, de fet, una política efectiva de Portugal a partir dels anys vuitanta del segle XX (cf. Pinto 2009). L’article d’Oliveira Marques va causar un intens debat en la premsa i en l’opinió pública portugueses. Ell mateix, també a Expresso, al número 171 del 7 de febrer de 1976 (p. 8), va publicar un nou article, ara sense interrogant: «União Ibérica». Els autèntics problemes de la unió, escriu, serien els econòmics, els demogràfics, els de penetració de capitals, que els tècnics haurien de tractar, no pas els culturals. Una Ibèria trilingüe (considera el basc «um resíduo mítico e histórico que ninguem fala» i el gallec un dialecte del portuguès) faria que els estudiants de cada lloc aprenguessin una altra llengua oficial: els portuguesos podrien estudiar castellà o català, els castellans, portuguès o català, i els catalans, castellà o portuguès, amb la qual cosa el portuguès tindria una gran expansió. I tampoc no hi hauria problemes administratius, perquè reprèn la vella idea (cf. Rocamora 1994, pp. 167-168) de crear cocapitals: «Porque não teria a União Ibérica três capitais, Madrid, Lisboa e Barcelona, colocando numa o Executivo, noutra o Legislativo e na terceira o Judicial?». A la mateixa revista, el 17 de gener de 1976, es mostrava favorable a la idea Severiano Talavero Tomar, des de Cáceres, amb la correcció que les llengües oficials haurien de ser quatre: portuguès, castellà, català i basc (amb dubtes pel que fa a la filiació i a la força del gallec). Oliveria Marques es va dedicar a aclarir dubtes en una llarga entrevista publicada al Diário Popular el 20 de febrer de 1976, i el mateix diari, el 3 de març, va publicar una enquesta sobre el tema en la qual cap dels consultats no s’hi va mostrar en contra, per bé que tots hi van aportar els seus matisos: el filòleg Rodrigues Lapa va reflexionar sobre el paper de Galícia, l’escriptor Vitorino Nemésio va evocar les seves relacions personals amb Unamuno o amb Ortega y Gasset, el publicista Pedro da Silveira va reivindicar la República Federada Açoriana, el tipògraf Manuel Soares va veure la unió com una possibilitat per imposar el socialisme, el director de màrqueting Silveira da Cunha va relligar la qüestió amb la unió d’Europa i Fernando Graça Gil, responsable comercial d’una farmacèutica, va veure en la Confederació Ibèrica la sortida a la pèrdua de l’Imperi. Tot plegat, va tenir una formulació concreta: la creació de la Liga Iberista Portuguesa (cf. Martín Martín, 2009, pp. 50-52). Als estatuts de la societat, del 29 d’abril de 1976, se n’hi establia l’objectiu: «É seu objectivo estabelecer, promover e fomentar as mais diversas formas de aproximação entre Portugal e os restantes Povos Ibéricos, em defesa do Iberismo, motor da unidade peninsular hispânica entendida como síntese de nações personalizadas» (Estatutos 1976, p. 1). El mateix abril d’aquell any, va aparèixer un Manifesto ao País, amb 5.000 exemplars de tiratge, en el qual la Liga Iberista Portuguesa declarava el seu nacionalisme («A Liga Iberista Portuguesa é nacionalista e é esse nacionalismo que a leva a querer lutar por uma Nação mais livre, mais feliz e mais próspera») i defensava que la integració europea, a part que encara es trobava lluny, seria molt més adequada si Portugal hi entrava formant part d’un organisme més fort (cf. Liga Iberista Portuguesa 1976). Tot aquest debat tenia, com a rerefons, la revisió del Pacte Ibèric que Franco i Salazar havien establert el 1942 i que es va mantenir vigent fins al 1978. El 12 de febrer de 1976, es van reunir a Guarda els ministres d’Afers Estrangers de Portugal, Melo Antunes, i d’Espanya, José María de Areilza, amb la intenció de reprendre unes relacions que havien quedat malmeses després de l’assalt a l’ambaixada espanyola de Lisboa pels antifranquistes però que els dos governs, malgrat la diferència de règims, tenien interès a reconduir (cf. Sánchez Cervelló 1989). La trobada a Guarda, on es van tractar temes d’aigües territorials, va posar en discussió la vigència del Pacte Ibèric. El 27 de maig d’aquell any podem llegir una notícia publicada a El País amb el títol «Soares denunciará el Pacto Ibérico», on, al costat d’informacions sobre l’entrevista de Guarda, en trobem també de la Liga Iberista Portuguesa, la qual «propone la “reunificación” de los dos países ibéricos de forma paulatina, y un mayor contacto entre los pueblos, retomando la gran tradición iberista de la izquierda democrática portuguesa» (p. 1). Un diari d’adscripció socialista i nacionalista com El País no veia amb mals ulls els moviments de la Liga Iberista. Que la delicada situació econòmica i política de Portugal feia témer per la integritat del país, ho demostren les opinions del Jornal Novo que recollia el diari ABC en la seva edició d’Andalusia del 26 de juny de 1976: «Propugnar ahora la integración ibérica es inoportuno, y los portugueses no quieren a los castellanos porque fueron siempre prepotentes contra los otros españoles, viene a ser la tesis del vespertino “Jornal Novo”» (p. 5). El 1978, un nou acord va substituir el Pacte Ibèric, i l’ingrés d’Espanya a l’Otan el 1982 i d’Espanya i Portugal a la Comunitat Econòmica Europea el 1986 van crear un nou marc de relacions (cf. Almuiña Fernández 2012). El 1983, reobert el debat iberista (cf. Torgal 2009, p. 359), una enquesta del mateix Expresso (9 de juliol de 1983) va donar com a resultat que un quart dels portuguesos «desejaria, em teoria, uma união política com a Espanha», una dada que no era pas negligible. A Catalunya, Fèlix Cucurull, el lusitanista més important del país (cf. Albó i Vidal de Llobatera 2009, pp. 39-55; Sala-Sanahuja 2010), va donar notícia de la fundació de la Liga Iberista Portuguesa en un article publicat a la pàgina 3 de l’Avui (30 d’abril de 1976): «Els portuguesos i el federalisme peninsular». Cucurull resumia el contingut de l’enquesta publicada al Diário Popular i acabava:
Tots plegats, els qui han expressat el seu parer en les pàgines del “Diário Popular” de Lisboa, coincideixen, en línies generals, en el desig d’una Ibèria que encaixa amb la que, des de molt enrera del segle passat, propugnen importants personalitats catalanes; una Ibèria que, entre nosaltres, sempre ha esdevingut popular. És que potser ha arribat l’hora d’interessar-s’hi també el poble portuguès?

El 1977, la Liga Iberista Portuguesa va enviar dos representants a Barcelona, els dos vicepresidents de l’entitat: Fernando Graça Gil i João Paulo de Oliveira, periodista del Diário Popular. El 23 de febrer, La Vanguardia informava de la roda de premsa que Jaume Casanovas i Artigas havia fet per presentar els iberistes portuguesos. S’hi informava també de la preparació d’una Lliga Iberista Catalana amb una comissió promotora formada pel mateix Casanovas i per Batista i Roca i Fèlix Cucurull. Graça Gil havia declarat durant la roda de premsa que l’iberisme a Portugal era un moviment «post-dictadura y post-colonialismo» i que la confederació podia integrar règims monàrquics i republicans. Segons l’entrevista «L’iberisme, nova alternativa per als pobles peninsulars», que va aparèixer al número 491 de Canigó (5 de març de 1977, p. 29) signada per E. A. Moliné, Graça Gil i Oliveira havien visitat Barcelona «per tal de prendre contacte amb la realitat dels Països Catalans i per sostenir la futura constitució de la Lliga Iberista Catalana». En l’entrevista, s’hi defensaven els postulats clàssics de l’iberisme portuguès i català, entès com una resposta a la migradesa del país («Portugal troba que torna a tenir la seva dimensió que havia adquirit ja a l’edat mitjana»), amb la contraposició entre expansió colonial i iberisme (la pèrdua del Brasil va portar Henriques Nogueira a l’iberisme, però l’etapa colonial africana el va diluir) i amb el lusocatalanisme com a garantia (el Països Catalans «juntament amb la nació portuguesa, en la futura federació dels pobles ibèrics, podran servir de grans equilibradors a tots els tipus de centralisme que hi pugui haver»). L’entrevista ens revela que en la constitució de la Liga Iberista Portuguesa hi va intervenir, com a observadora, una representació de la FAI. Hi havia, en efecte, un moviment de fons anarquista i revolucionari que mantenia, com la FAI, la referència ibèrica. Només cal recordar el Directorio Revolucionario Ibérico de Liberación, que va segrestar el transatlàntic Santa Maria el 1961 (cf. Montanyà 2004), o – però aquí la referència és més aviat nominal – el Movimiento Ibérico de Liberación dels anys setanta, al qual pertanyia Salvador Puig Antich. El nucli català que va donar suport a la Liga Iberista Portuguesa, però, provenia d’una altra tradició: la del nacionalisme independentista. L’historiador, polític i activista Batista i Roca, nacionalista radical, s’havia destacat ja com un defensor de la Confederació Ibèrica a l’exili, amb especial insistència al voltant dels anys cinquanta (cf. Castells 2008, pp. 215-226), i, fidel a les confluències del catalanisme, el 1977-1978 va crear també el Centre d’Agermanament Occitano-Català. Jaume Casanovas i Artigas havia presentat el 1976 el Partit Socialdemòcrata de Catalunya, el qual, europeista, s’havia declarat alhora favorable a una Confederació de Països Ibèrics. Oficialment, el partit donava suport a la creació de la Lliga Iberista Catalana. Casanovas havia estat un membre destacat d’Esquerra Republicana de Catalunya i, en el fons, tant la seva actuació com la de Batista i Roca representen la pervivència del marc peninsular que va evidenciar Macià en proclamar la República Catalana dins una futura Confederació Ibèrica. Fèlix Cucurull, afiliat a Estat Català abans de la guerra, havia estat un dels membres més actius del PSAN, al qual va retornar el 1978 després d’haver contribuït a fundar el Partit Socialista de Catalunya (cf. Dalmau 2015, pp. 103-110) i va ser col·laborador de Batista i Roca. La seva obra com a lusitanista l’havia acostat a l’estudi de l’iberisme, per bé que semblava orientat fonamentalment, per la seva forta ideologia independentista, cap al lusocatalanisme, com ho demostra el seu llibre Dos pobles ibèrics (Portugal i Catalunya) (Cucurull 1967) o altres treballs posteriors (cf. Cucurull 1990, on explica el fracàs de la Liga Iberista Portuguesa per la manca de ressò en el poble portuguès, que troba lògica). El 1974, Cucurull va poder viatjar a Portugal, on el van rebre el ministre de comunicacions i el de justícia (cf. Albó i Vidal de Llobatera 1987, p. 430). El 1975, en traducció de Carlos Loures, va aparèixer a Portugal Dois Povos Ibéricos (Portugal e a Catalunha), i no podem descartar que el llibre influís en la Liga Iberista Portuguesa. De fet, tot un seguit de connexions semblen preparar la revifalla de l’iberisme amb el lusocatalanisme de fons. El 1970, l’historiador, polític i activista Salvador Casanova i Grané, amic i company de trifulgues polítiques de Cucurull, va guanyar, amb l’assaig Per una nova Ibèria entesa com a comunitat d’estats independents, el Premi Ibèria atorgat pel Consell Nacional Català presidit per Batista i Roca, per bé que el treball només va veure la llum el 1988 (cf. Casanova i Grané 1988). Cucurull també va ser amic i col·laborador del portuguès Manuel de Seabra, el qual va publicar una traducció de La pell de brau d’Espriu al començament de 1975. Seabra, que va treballar també amb Antoni Ribera, el fill d’Ignasi Ribera i Rovira, ha estat un personatge molt actiu en el manteniment del lusocatalanisme, com també ho ha estat la seva dona, Vimala Devi – als quals Vallverdú (1976, p. 227) va dedicar la primera versió del seu poema sobre Portugal. Seabra va intervenir en diverses actuacions de context iberista, com l’Exposició de Poesia Visual Ibèrica del 1975 o, el 1976 (cf. Cerdà Subirachs 2014), en la revista Pasárgada, amb seu a Lisboa, que, com recollia l’editorial del número 1, usava el basc, el castellà, el català, el gallec i el portuguès per crear «el fulcre d’un coneixement mutu més pregon, d’un més gran, d’un total respecte pels nostres valors de civilització» (p. 3). Si reprenem la distinció de Norbert Bilbeny a la qual abans m’he referit, tots aquests intel·lectuals i escriptors es poden qualificar, sense cap dubte, de catalanistes iberistes. És a dir, de catalanistes radicals, en molts casos independentistes, que veuen en l’iberisme una manera d’aconseguir els seus propòsits. Al capdavall, es tracta de triar entre una Catalunya sotmesa al franquisme o, posteriorment, al règim autonòmic, i una Catalunya estatal federada o confederada amb altres pobles. El lusocatalanisme, a més, proporciona la justificació cultural i històrica a l’opció. Tot i així, l’independentisme també podrà contrastar amb l’iberisme polític, com ho va constatar un autor iberista: «Mentre que als Països Catalans inunden les parets les pintades independentistes, una part del jovent portuguès s’organitza en la Lliga Iberista Portuguesa, i hom demana la Federação Ibérica» (Raya 1988, p. 65). Cal considerar a part la negació, no tan sols de l’iberisme polític, sinó fins i tot de la idea mateixa d’ibericitat. Teixeira Bastos, un autor que havia participat en el Primer Congrés Catalanista el 1880 (cf. Martínez-Gil 2010b), el 1881 va publicar un article a A Vanguarda amb un títol eloqüent: «Não somos ibéricos». I, el 1932, Fran Paxeco va publicar Portugal não é ibérico, on contestava, entre d’altres, les teories de Cambó. Paxeco hi parlava de la Lusibèria, encara que fins i tot aquí continua viu un cert lusocatalanisme: «Os portuguêses prezam devéras os catalãis, mas detestam a Ibéria histórica. E esta, por desgraça, corresponde á Catalunha» (Paxeco 1932, p. 553). També els catalans han pogut posar pegues a la ibericitat. Jaume Brossa va fer un discurs concloent: «el que més m’interessa del nacionalisme és el que conté d’antiibèric», va escriure el 1906 (cf. Martínez-Gil 1997, p. 261). Marià Manent va establir, seguint reflexions d’Eugeni d’Ors, un tall net entre catalans i portuguesos el 1918, tot i l’amistat profunda que els unia: «per nosaltres, trobarà una qualificació moral dolenta la voluntat de ruïna que alimenta l’ànima portuguesa» (Manent 1986, p. 24). I Miquel Bauçà, malgrat el seu Rogério, escriurà més endavant: «Miri’s com es miri, la realitat mai no ha estat ibèrica, mai no hi [ha] hagut res ibèric» (Bauçà 1998, p. 294). També el Felibritge no va deixar de ser una mena de covardia: «El felibritge era perfecte i més econòmic, menys compromès» (p. 255).

6 Per concloure

Sembla prematur, doncs, dir que, a mitjans dels anys seixanta, «desaparegué la referència a Portugal dels programes dels partits polítics catalans» (Sánchez Cervelló 2010, p. 36). O que, a partir del franquisme, les aparicions de l’iberisme «fueron esporádicas y carentes de fuerza» (Rocamora 1989, p. 56), ja que resulta molt difícil calibrar la força exacta d’aquestes qüestions – al capdavall, tampoc les manifestacions anteriors, malgrat que l’iberisme va semblar possible, no van anar gaire enllà. Les diferents formulacions que hem vist al voltant de la Revolució dels Clavells en la cultura catalana (exaltació revolucionària, distància postmoderna, reaccionarisme i recuperació de l’iberisme) presenten un joc complicat d’herències i de ruptures que té com a teló de fons la qüestió europea i els diferents ritmes d’evolució, presents des dels inicis de les formulacions pannacionalistes: «È allora necessario ripensare il confronto tra le peculiarità delle culture iberiche e i processi di standardizzazione che tra otto e novecento hanno attraversato l’Europa» (Grilli 2000, p. 136). En aquests ritmes asimètrics hi jugarà un paper posterior fonamental la llarga instauració dels feixismes a la Península. Des d’aquest punt de vista, la Revolució dels Clavells representarà una irrupció d’aquests desfasaments en la història i l’intent de superar-los. «Ara som com els altres països europeus», comenta un cambrer al llibre de Xavier Fàbregas, «i ja veurà com en poc temps serem dintre el Mercat Comú» (1982, pp. 73-74). És en aquest marc que la Revolució dels Clavells instaurarà, com hem vist, dues ruptures en relació amb l’herència rebuda que, amb posteriors rectificacions o desenvolupaments, ens situen en el nostre present. En primer lloc, la separació de revolució i iberisme. L’explicació cal cercar-la tant en l’anticolonialisme com a doctrina predominant – un punt de vista que veu la separació com a més progressista que la unió – com en la llarga herència de dues dictadures que havien acostumat a la percepció d’Espanya i de Portugal com dues realitats, potser paral·leles, però separades. Tots dos factors, afegits al nacionalisme espanyol asfixiant del franquisme, haurien reforçat alhora un nacionalisme català independentista (cf. Rocamora 2000), el qual, però, ja hem vist que es podia avenir a recuperar l’iberisme. Certament, és una recuperació bàsicament econòmica (per part portuguesa) i d’alliberament nacional (per part catalana), amb la possibilitat de diferents règims polítics al seu si. En segon lloc, és significativa la confrontació entre revolució i postmodernitat. Ho hem vist en les obres ficcionals sobre la revolució, les quals, de fet, van obrir nous camins en aquest sentit a la literatura catalana. El mateix plantejament, però, s’ha aplicat a l’iberisme com a continuïtat i alhora record de les especificitats culturals i històriques, especialment en el marc europeu, en el qual s’ha produït, de fet, una integració econòmica i d’altres menes plantejades ja pels antics iberistes, tot i que feta des de fora. En aquest context, l’iberisme esdevé «un neo-iberismo, una fórmula de retorno típicamente posmoderna, y entonces, la fórmula apropiada, y la fórmula a la que estamos condenados casi, no puede ser otra que la de posiberismo» (Rodríguez de la Flor 2005, p. 255). S’hi ha relacionat l’obra de José Saramago, tant pel que fa a la idea de recuperació en general (cf. Grilli 2000, pp. 146-147) com a la recuperació de la utopia (cf. Molina 1990, pp. 245-288). Es tracta d’un retorn nostàlgic que, però, intenta salvar la possibilitat d’actuar i de pensar. Potser, vist des de la cultura catalana, en excés ibèric o particularista: no en va A Jangada de Pedra, del 1986, és una de les poques obres de Saramago no traduïdes al català. Sigui com sigui, l’espai de relació definit per la geopolítica és tossut, com ha estat assenyalat (cf. Costa 2015, p. 517518). Durant els darrers anys, s’ha continuat debatent sobre l’exemple de Portugal com a país peninsular independent i sobre el lusocatalanisme, hi ha hagut una abundant presència en la literatura catalana de Lisboa i de Portugal (inclosa la Revolució dels Clavells) i fins i tot no s’han deixat de banda fórmules afins a l’iberisme. En aquest sentit, sense que escaigui aquí dir si és una opció encertada o no, el Consell Assessor de la Transició Nacional ha proposat, a Les relacions de cooperació entre Catalunya i l’Estat espanyol (cf. Relacions 2013), un possible Consell Ibèric com un dels marcs de la independència catalana.

Para leer completo el artículo: http://edizionicafoscari.unive.it/it/edizioni/libri/978-88-6969-125-6/revolucio-iberisme-i-postmodernitat-en-la-cultura-/

¿Es el iberismo un nacionalismo español?

Para que quede claro de una vez. El iberismo no tiene nada que ver con el nacionalismo de Estado «español» ni con una concepción castellana de España. Otro debate diferente es sobre lo que subyace detrás de España y sus diversos malentendidos.

El iberismo sí que parte como premisa en lo que nos une como pueblos ibéricos es más que lo que nos separa. Y lo que nos separa es una riqueza a compartir y valorar entre nosotros.

Aquel que use o acuse al iberismo como nacionalismo español estará manchando una historia nítida de compromiso con la libertad de los pueblos.

El iberismo es, en todo caso, un nacionalismo ibérico, que sobre la base de los ejes atlántico, continental y mediterráneo, quiere hacer posible una convivencia pluralista que ejerza un liderazgo en Europa y en el mundo. Su compromiso con el plurilingüismo es total.

«Mas será que perdemos todos a cabeça e as referências?» por José Manuel Fernandes

http://observador.pt/opiniao/mas-sera-que-perdemos-todos-a-cabeca/

Este artículo ayuda a situar en términos más realistas el debate público portugués, después de las pasiones pro-referendum desatadas en parte del sector periodístico de Portugal.

En toda crisis, surge una oportunidad, pero nadie puede descartar una situación de mayor odio entre pueblos ibéricos. Esperemos que el iberismo resista y avance. En caso contrario habrá que apuntalar una línea de pensamiento de europeísmo iberista.